Infelizmente, em pleno Século XXI, nós precisamos ainda falar e combater o racismo estrutural, que insiste em imperar. Há casos registrados na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em ônibus do transporte coletivo e em partidas de futebol, em São Pedro do Sul, e de voleibol, em Júlio de Castilhos. Esses, claro, são os casos mais recentes e na região.
Mas a maior mobilização ocorreu após, mais uma vez, o jogador do Real Madrid Vini Jr., brasileiro e um dos melhores do futebol mundial na atualidade, sofrer ataques racistas durante uma partida pelo campeonato espanhol. Seus protestos eram quase isolados, mas, depois do último ataque, o Brasil, especialmente, levantou-se em apoio ao jogador, desencadeando uma série de mobilização que ganhou os estádios pelo Brasil afora. A Espanha, até então complacente com os episódios com Vini Jr., passou a identificar e até prender os suspeitos pelos ataques.
Se um dos principais jogadores do mundo e com tamanha visibilidade enfrentou até pouco tempo quase sozinho essa luta, imaginem, os Joãos, Marias, Pedros, Joanas, anônimos que sofrem com o racismo estrutural, mas sem essa exposição? Portanto, combater e denunciar esse tipo de ataque, que é crime, é papel de todos. Só assim podemos fazer a diferença nessa luta!